22.4.07

Caminhos do Vento

Este poema, como muitos poemas meus, também virou letra de música, que por sinal devo apresentar num show que farei em maio. Este é especialmente para o Alê Novaski, um amigo que é roteirista e está escrevendo uma minissérie com o mesmo nome.














Caminhos do Vento

(Heraldo Goez)

Brota solidão do medo,
Corta, rasga, desmorona
Eu preciso ir em frente,
A trilhar o meu segredo
Como o dia a invadir, rente,
O quarto, o corpo, a alma, a cama

Fiz da espera, minha casa,
Da distância a caminhada
Que meu sol sem trajetória,
Minha história sem parada
Como o vento e a fumaça,
Foi se pôr noutro lugar

Brota, solidão sem jeito
De tão rude coração
Que a saudade em surdina
(flor-da-noite, no seu leito)
Faz da estrada a minha sina.
Da distância a inspiração

Quero ao longe encontrar,
Luz, cidade, vida e só
Seja esse amor sem fim
Uma estrela em teu olhar
Sina, esquina, laço, nó.
Lua nova em meu jardim...

* * *
Imagem em http://i2.photobucket.com/albums/y3/Fotolover/Picture1.jpg