5.4.13


















(POESIA NA MADRUGADA)

Nem sempre o verso é denso
e a poesia cabe certeira na rima
Nem toda chuva é fria
e nem toda noite é de lua
E penso,
como o corpo perece à sombra dos anos,
também envelhece o sentimento...
E a terra fértil da paixão se cansa
quando a distância se faz presente

E a estrada é o simples caminho de
casa...

Assim, abro a mão e te deixo livre,
como liberto sou por te amar

Mas não engana nem mente o meu coração
quando diz que te quer bem
(musa que ilumina os versos meus...)

E se pudesse, uma vez mais pediria:
-Por favor, não vá embora...
ao menos me leve contigo em teus sonhos
e no bater de tuas asas...

Não queria te ver dizendo adeus...

(amor que o tempo envelhece...
  tempo de amor que jamais perece...)

(O PÁSSARO NA MÃO - Heraldo Goez)